Panambis, Mandaçaias e Joaninhas: o voo da ciência em prol da biodiversidade

por / terça-feira, 17 dezembro 2024 / Categoria Instituto Carlos Chagas

A Fiocruz Paraná realizou uma participação memorável na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) 2024 ao apresentar o projeto “Panambis, Mandaçaias e Joaninhas: sob as asas delas, o mundo em flor”. Focado na importância dos polinizadores para a preservação dos ecossistemas, regulação ambiental e diversidade dos biomas brasileiros, o projeto uniu ciência, arte e educação, alcançando públicos variados em eventos realizados em três esferas governamentais – municipal, estadual e nacional.

Com uma abordagem lúdica e inclusiva, o projeto impactou cerca de 150 mil pessoas. Estudantes de diferentes níveis de escolaridade, professores, segmentos sociais vulnerabilizados e sociedade em geral foram convidados a refletir sobre o papel vital dos polinizadores – como abelhas, borboletas e joaninhas – na manutenção da biodiversidade e na preservação da vida. E como falar de vida é falar de promoção da saúde, não faltaram atividades que abordaram o tema das vacinas e da vacinação.

O projeto abordou a relevância dos polinizadores de maneira prática e acessível. Nas visitas às associações de catadores Unidos do Bairro e Novo Amanhecer, em Curitiba, junto aos trabalhadores que diariamente convivem com abelhas em sua rotina de reciclagem, a equipe incentivou a reflexão sobre a importância destes insetos para a biodiversidade, disseminando conhecimentos sobre sua forma de organização na natureza. As atividades incluíram oficinas, jogos e demonstrações que conectaram o trabalho dos catadores à proteção ambiental.

Ciência em movimento

Além das ações com catadores e estudantes, o projeto se destacou em eventos de grande alcance. No “Paraná Faz Ciência”, promovido pelo governo estadual e realizado este ano em Maringá, mais de 38 mil pessoas participaram de atividades interativas, exposições e oficinas voltadas ao público escolar e à comunidade em geral. Já a Feira de Ciência e Tecnologia da Secretaria Municipal de Educação de Curitiba recebeu mais de 10 mil visitantes, enquanto a SNCT nacional, em Brasília, que contou com um estande da Fiocruz reunindo suas muitas unidades, atraiu mais de 100 mil pessoas.

A ampla participação do instituto nesses eventos integrando esforços das três esferas governamentais foi algo inédito para a Fiocruz Paraná. Essa colaboração, além de potencializar o impacto do projeto, evidenciou a importância de ações em rede para a popularização da ciência.

Aos lugares que foi, a Fiocruz Paraná também levou a Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente, estimulando professores e estudantes do ensino básico a se engajarem em projetos educacionais relacionados a sustentabilidade e saúde.

 Integrando a programação da SNCT em Brasília, ocorreu o Encontro Nacional de Popularização da Ciência, reunindo coordenadores de todo o Brasil, do qual a Fiocruz Paraná participou e fortaleceu parcerias nas ações de disseminação de conhecimento junto à população.

Com ações previstas até junho de 2025, o projeto seguirá promovendo oficinas, exposições e atividades que aproximem a ciência da sociedade. Segundo a coordenadora do projeto, Maria das Graças Rojas Soto, “este foi um ano marcante para a SNCT da Fiocruz Paraná, em que pudemos constatar a potência do trabalho em rede. Deixamos de atuar isoladamente e passamos a integrar coletivos que valorizam muito as estratégias que desenvolvemos para a interlocução com a população. É uma alegria ver que estamos preparados para atrair e engajar todas as idades e segmentos sociais para a grande festa que é o universo da ciência”, celebra Maria das Graças, que é também vice-diretora de Ensino, Informação e Comunicação do Instituto Carlos Chagas – Fiocruz Paraná.

Ciência, arte e transformação

A equipe formada por Fabricia Pimenta, Yasmin Indrele, Ana Paula Benavides, Bianca Ribeiro, León Perez e Greika Favile, sob coordenação de Maria das Graças Rojas Soto, apostou na junção de ciência e arte para sensibilizar públicos diversos. As múltiplas ações foram possibilitadas pelo apoio do CNPq/MCTI e da VPEIC/Fiocruz/MS.

Em um mundo onde os desafios ambientais são crescentes, iniciativas como esta reafirmam o papel transformador da ciência. Ao conscientizar e engajar a sociedade para a importância dos polinizadores, a Fiocruz Paraná trouxe uma mensagem poderosa: a proteção da biodiversidade é um compromisso coletivo que pode florescer, quando cultivado com educação, ciência e colaboração.

Sob as asas das mandaçaias, panambis e joaninhas, o projeto resgatou a essência de uma ciência que não apenas explica o mundo, mas também inspira mudanças significativas para um futuro sustentável.


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