Gestão das pesquisas mobiliza discussões no 40º Fórum das Unidades Regionais da Fiocruz, no Recife

por / segunda-feira, 12 setembro 2016 / Categoria Instituto Carlos Chagas

A gestão das pesquisas na Fiocruz norteou os debates durante o primeiro dia do 40º Fórum das Unidades Regionais da Fiocruz (FUR), realizado no início de setembro no Instituto Aggeu Magalhães (Fiocruz Pernambuco), no Recife. Além do tema pesquisa, a preocupação com o cenário político nacional também foi destacada pelos participantes. Em sua saudação de abertura dos trabalhos, o diretor da Fiocruz Pernambuco, Sinval Brandão Filho, fez menção à conjuntura política difícil do país, quando o Senado aprova o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Por isso, Brandão disse que os trabalhadores da Fiocruz precisam “buscar inspirações para superar as dificuldades atuais e continuar contribuindo com a sociedade brasileira”. Junto a Gerson Penna, diretor da Fiocruz Brasília e também coordenador do FUR, Brandão Filho coordenou todas as atividades do dia.

O vice-presidente de Pesquisa e Laboratórios de Referência (VPPLR), Rodrigo Stabelli, iniciou o FUR fazendo um balanço da gestão da pesquisa na Fiocruz. Também ressaltou o momento político que o país atravessa, advertindo, porém, que “não devemos nos abater por ele”. Ainda no início de sua fala, Stabelli se disse feliz com os avanços alcançados pelo FUR, visitando, em seguida, o PCTIS (Plano Institucional de Indução à Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde). Destacou as mudanças organizacionais pelas quais a VPPLR passou, focadas, sobretudo, no sentido de integrar as áreas da VPPLR.

O vice-presidente explicou que o PCTIS é baseado em 3 eixos: geração e difusão do conhecimento de excelência; pesquisa, inovação e desenvolvimento tecnológico em saúde, e desenvolvimento do parque tecnológico institucional (rede de plataformas).

A parte final da manhã foi dedicada à apresentação das questões referentes à gestão integrada da produção científica das unidades regionais da Fiocruz. Para isso, Ricardo Sampaio, da Fiocruz Brasília, fez uma apresentação sobre métodos de análise da Produção Cientifica das unidades regionais, destacando a potencialidade de algumas dessas metodologias, bem como a necessidade de desenvolvimento de ferramentas para a análise pretendida. Ressaltou a importância das parcerias nacionais e internacionais estabelecidas e as atividades decorrentes delas.

Falando sobre o sistema de gestão de projetos de pesquisa, o vice-diretor da Fiocruz Brasília, Wagner Martins, assinalou que a ideia é trabalhar com o complexo produtivo da saúde, afirmando que o paradigma colocado atualmente cobra que a ciência dê respostas reais aos problemas da sociedade, “com produção cada vez mais em rede”. Destacou ainda a urgência em se mudar a forma de avaliar a ciência. “Nem sempre quantidade e qualidade das produções repercutem em respostas para a sociedade”, explicou Martins. Para ele, os sistemas de gestão de projetos deve ser diferenciar para não serem sistemas meramente administrativos.

Assim, sustentou a importância de um plano estratégico de gestão para o FUR, que comporte a criação de ambiente virtual para interação, o que significa desenvolver inteligência cooperativa para a Fiocruz. Como exemplo, citou a Plataforma Ágora, por meio da qual é possível a interação entre diversos atores estratégicos. A integração, segundo ele, vai permitir acompanhar o andamento dos projetos até os seus impactos sobre a sociedade.

À tarde, as discussões continuam com apresentações sobre fomento à pesquisa, plataformas de gestão, laboratórios de referência e segurança na pesquisa e condutas em situações de emergência.

Por Wagner Vasconcelos/Fiocruz Brasília

Fotos: Rita Vasconcelos


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