Doutoranda do ICC tem trabalho premiado em congresso de protozoologia

por / quarta-feira, 21 setembro 2022 / Categoria Instituto Carlos Chagas

Os impactos na rotina dos laboratórios dos institutos de pesquisa durante a pandemia da Covid-19 também serviram como estímulo para que pesquisadores se adaptassem a novas linhas de atuação, evitando interrupções ou mesmo provocando avanços nos seus estudos.

Foi o que aconteceu com Beatriz Santana Borges, de 31 anos, doutoranda do Instituto Carlos Chagas (ICC-Fiocruz Paraná), orientada pelo pesquisador Fabiano Borges Figueiredo, cuja pesquisa sobre o reposicionamento de medicamentos para a leishmaniose recebeu o Zigman Brener Award, conferido durante a XXXVII Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Protozoologia, a SBPz, evento de alcance internacional, ocorrido em Caxambu (MG).

“Enfrentei muitas dificuldades com a implementação de um novo projeto no início de 2021, em plena pandemia, o que me forçou a estudar muito para ter um bom embasamento teórico e, assim, padronizar todos os protocolos realizados”, lembrou Beatriz. “Os resultados promissores da pesquisa me estimularam a enviar o meu trabalho para o congresso, e assim, apresentar o trabalho”.

A coorientadora da doutoranda, Lia Carolina Medeiros, reconhece os esforços da aluna. “Foram duas tentativas de projeto que não deram certo e, por isso, ela teve que se dedicar muito mais. Algumas técnicas não utilizadas na rotina do laboratório foi ela quem padronizou e estabeleceu como referência”, destacou. “A premiação do trabalho veio com um selo de que ela está no caminho certo”.

A pesquisa de Beatriz busca um tratamento menos tóxico e sem hospitalizações para a leishmaniose por meio do reposicionamento de drogas já utilizadas no tratamento de outras doenças. O experimento testa os efeitos da combinação do triclabendazol, administrado para tratar da fasciolose, com a anfotericina B, usada contra a própria leishmaniose. Os resultados estão sendo promissores, restando ainda mais estudos, tanto in vitro quanto in vivo.

Beatriz está vinculada há 13 anos ao ICC-Fiocruz Paraná desde o seu estágio na iniciação científica e hoje está em fase de conclusão do doutorado.

 

 


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