Aluno de IC do ICC participa de curso no Instituto Pasteur de Paris
Experiência internacional é um incentivo para alunos de Iniciação Científica
O aluno de Iniciação Científica do Instituto Carlos Chagas (ICC/ Fiocruz Paraná), Marlon Dias Mariano dos Santos, participou do curso internacional Bioinformatics of protein-protein interactions for wet lab scientists, promovido e sediado pelo Instituto Pasteur, de Paris, entre os dias 03 e 07 de abril de 2017. Em uma breve entrevista, o estudante que integrante do grupo de Espectrometria de Massas Computacional e Proteômica do ICC, conta como surgiu essa oportunidade – que reforça e reconhece o trabalho desenvolvido no ICC – e enfatiza a importância de “estar aberto e buscar o conhecimento esteja ele onde estiver”.
Como surgiu a oportunidade de participar do curso no Instituto Pasteur de Paris?
Tomei conhecimento do curso “Bioinformatics of protein-protein interactions for wet lab scientists”, a ser realizado no Instituto Pasteur de Paris, através do Dr. Diogo Borges, um colega e egresso do nosso grupo. O Diogo trabalha atualmente no laboratório de espectrometria de massas estrutural e proteômica do Pasteur Paris. Acredito que fui selecionado devido a uma das vertentes de atuação de nosso grupo: estudo da interação proteína-proteína por cross-linking e analise por espectrometria de massas.
Sua atuação como IC no ICC ficará marcada por essa experiência. O que contribuirá para sua trajetória?
Gostaria de agradecer ao Dr. Paulo Costa Carvalho e ao grupo Computational Mass Spectrometry & Proteomics liderado por ele, que me incentivou e me ajudou nessa fantástica oportunidade; deste convívio levarei grande experiência cultural e científica. O Paulo preza muito a internacionalização do grupo; durante o curso tive a oportunidade de estreitar laços com potenciais colaboradores.
Sobre o que o curso tratou e como foi a interação com outros alunos e pesquisadores?
O objetivo principal foi o estudo das interações físicas e funcionais entre proteínas, sobre os métodos (cristalografia, espectrometria de massas, etc.) e algoritmos (cytoscape, haddock, etc.) aplicados no estudo de interações entre proteínas. Estes algoritmos permitem inferir a atividade funcional resultante das associações. A interação com os pesquisadores e alunos foi imediata; todos estavam voltados à troca de experiência, conhecer o trabalho dos demais, e conversar sobre possíveis colaborações.
Quais são os próximos passos?
Compartilhando os conhecimentos adquiridos com meus colegas, implantar e aplicá-los no trabalho que venho desenvolvendo no grupo. Nosso objetivo principal será o desenvolvimento de técnica de cross-linking quantitativo que auxiliaria a compreensão da formação dos complexos proteicos.
Essa foi sua primeira vez fora do país como aluno de IC? Que mensagem mandaria aos ICs que também querem participar desse tipo de experiência?
Esse foi o meu terceiro curso internacional, eu realizei outros dois no Pasteur de Montevideo. O primeiro, coordenado pelo Dr. Hugo Naya, foi voltado a bioinformática genômica; o segundo, tendo como um dos coordenadores o Dr. Paulo Carvalho, foi voltado a bioinformática proteômica. A mensagem aos outros IC é estar aberto a buscar conhecimento esteja ele onde estiver; ciência é uma atividade de troca de conhecimento.