Perspectivas para 2015: Avanços conquistados e novos desafios farão do ano que se inicia um marco no crescimento do ICC
20/01/2015

Em entrevista, o diretor do Instituto Carlos Chagas (ICC/Fiocruz), Samuel Goldenberg, fala sobre as perspectivas para 2015 e aponta os principais avanços e desafios da unidade. A finalização das obras de ampliação, a consolidação da plataforma de microscopia – determinantes para o estabelecimento de novas linhas de pesquisa no Instituto – e o pleno funcionamento do Laboratório de Experimental Animal do ICC são aspectos que, segundo o pesquisador, garantirão um crescimento ainda maior nesse ano. Samuel ainda reforça a importância da atuação do ICC regionalmente e explica porque a unidade se transformou em uma referência. “O nosso crescimento tem se dado com planejamento e com qualidade. Além disso, as pessoas que têm sido admitidas no ICC têm se enquadrado no espirito de equipe e de compromisso institucional que são componentes do nosso mantra ´vestir a camisa do ICC´, ressalta o diretor.


Samuel Goldenberg: "O importante é a nossa capacidade de responder rapidamente e com qualidade a novos desafios"

O ano de 2014 marcou um importante período de transição e transformações para o ICC. O andamento das obras de ampliação e a chegada dos novos servidores aprovados no último concurso da Fiocruz foram alguns dos aspectos que comprovam o crescimento do Instituto. Quais são as perspectivas para 2015?

São várias as nossas perspectivas para 2015. Esperamos poder consolidar a estrutura da plataforma de microscopia com a instalação do microscópio de varredura e do microscópio eletrônico de transmissão. A disponibilidade destes equipamentos, associada à qualificação de nossos recursos humanos na área, permitirá um salto qualitativo em nosso trabalho. Outra expectativa importante para 2015 é o pleno funcionamento de nosso laboratório de experimentação animal que, com a aquisição do equipamento de “in vivo imaging”, será um modelo na Fiocruz. Esperamos também o estabelecimento de novas linhas de pesquisa com o pessoal récem concursado, notadamente nas áreas de biologia estrutural, de pesquisa com parasitas do Filo Apicomplexa (Plasmodium e Toxoplasma), na área de micologia médica molecular com o estabelecimento de um laboratório para fungos e em estudos de microbioma de vetores. Este ano representa também um ganho de espaço importante para o ICC através do término da reforma do bloco C, permitindo novos espaços de laboratório, escritórios e biblioteca e salas de estudo. Adicionalmente, será o ano em que daremos início à construção do anexo do ICC, que esperamos concluir até meados de 2017, com áreas específicas para ensino, escritórios e novos laboratórios. Não menos importante, espero que 2015 seja um ano muito produtivo e de consolidação das atividades de pesquisa, ensino, referência, desenvolvimento tecnológico e produção que estão em curso no ICC.

O ICC é uma unidade regional relativamente nova, mas que vem se firmando como uma referência entre as outras unidades da Fiocruz pelo trabalho de ponta que desenvolve, com um grupo jovem e dinâmico de colaboradores. Como você avalia esse crescimento?

O ICC cresceu bastante nos últimos anos graças à política de fortalecimento de recursos humanos da Fiocruz, negociada entre a Presidência da Fiocruz, o Ministério da Saúde e a Presidência da República. O nosso crescimento tem se dado com planejamento e com qualidade. Além disso, as pessoas que têm sido admitidas no ICC têm se enquadrado no espirito de equipe e de compromisso institucional que são componentes do nosso mantra “vestir a camisa do ICC”. Todavia, ainda precisamos crescer em todas as áreas, o que será possível com os próximos concursos planejados. Neste sentido destaco a necessidade de reforço na área de Gestão, para que possamos ter autonomia administrativa e na área de apoio técnico-científico.

Nas áreas que o ICC já atua com destaque incluindo inovação, produção, referência e ensino, quais são as ações que destacaria como mais relevantes nestes últimos anos?

Eu considero todas as ações desenvolvidas até então como relevantes. O que é importante neste universo de ações, é a nossa capacidade de responder rapidamente e com qualidade a novos desafios. Foi assim, por exemplo, com o estabelecimento das linhas de pesquisa com hantavírus (uma demanda do Estado do Paraná à época), ou o estabelecimento das pesquisas com células tronco (uma oportunidade de parceria com a equipe da PUC que estava se estabelecendo à época). Em ambos exemplos citados passamos a ser referências não só na Fiocruz, mas a nível nacional. Na área de ensino, tenho grandes expectativas com o nosso curso de pós-graduação e estou seguro que galgaremos degraus mais altos quando da próxima avaliação da CAPES. Na área de produção, temos colaborado com o desenvolvimento tecnológico das atividades do Instituto de Biologia Molecular do Paraná (IBMP) além de produzirmos o kit Hantec para diagnóstico de hantavírus e estarmos na linha de produção do novo teste para diagnóstico de vírus Chikungunia, que estamos desenvolvendo em parceria com Biomanguinhos. Outra ação importante refere-se às plataformas tecnológicas estabelecidas no ICC (espectrometria de massas, citometria de fluxo, microscopia, purificação de proteínas, sequenciamento de DNA, laboratório NB-3 e laboratório de experimentação animal). Além de seu papel institucional, estas plataformas são também utilizadas por colegas de outras instituições do Estado. Finalmente é importante mencionar que o ICC coordena um dos Institutos Nacionais de Ciências e Tecnologia (INCT para Diagnóstico em Saúde Pública), refletindo a qualidade do trabalho que vem sendo desenvolvido na área de diagnósticos em estreita parceria com o IBMP.

Na área de serviços de referência, por exemplo, o ICC traz um ganho importante para a saúde pública na região Sul no contexto da vigilância em saúde Na sua opinião, qual a importância de reforçar o Instituto como uma unidade da Fiocruz nessa região?

O ICC tem um papel muito importante no processo de nacionalização da Fiocruz, sendo portanto a representação da Fiocruz no sul do Brasil. Temos, na medida em que somos solicitados, colaborado com a Secretaria Estadual de Saúde e estamos abertos às demandas das secretarias tanto estadual quanto municipal. O ICC, juntamente com a representação da Fiocruz no Mato Grosso do Sul, estão se articulando para implantar uma política de vigilância epidemiológica das fronteiras, sendo esta uma das metas para os próximos anos.

Que mensagem gostaria de deixar para os parceiros e colaboradores neste ano que está iniciando?

A mensagem é a de continuarmos exercendo com dedicação, compromisso e competência a nossa missão de servidores públicos, cumprindo a missão do ICC que é “Contribuir para o desenvolvimento científico e tecnológico em saúde e para a melhoria das condições de saúde na Região Sul do Brasil e no Mercosul, mediante a implementação de ações integradas de pesquisa e desenvolvimento tecnológico, ensino, produção de bens e insumos, de prestação de serviços de diagnostico laboratorial de referência e de cooperação técnica, com a finalidade de atender as demandas do Ministério da Saúde e do Sistema Único de Saúde (SUS), no marco da missão da Fiocruz”

ASCOM/ICC
Assessoria de Comunicação Instituto Carlos Chagas

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