Como pesquisadores de uma instituição pública federal que atua na saúde pública, nossa missão profissional está diretamente relacionada com os ODS… pesquisamos malária, doença de Chagas, dengue, zika, tuberculose, e outras doenças tropicais negligenciadas, buscando desde a compreensão da biologia da doença até tratamentos mais eficazes e métodos de diagnóstico mais sensíveis e acessíveis. Nossa matéria diária de trabalho visa a promoção da saúde. Fazemos esforços para que os métodos de diagnóstico que desenvolvemos possam chegar a toda a população, principalmente à população em estado de vulnerabilidade, buscando, com isso, reduzir as desigualdades e promover o acesso a serviços básicos. Ao final, por meio do ODS 3, vemos se entrelaçarem nossos esforços na contribuição de vários outros ODS.

As bibliotecas estão contribuindo com a implementação da Agenda 2030 da ONU. A disponibilização aos usuários de monitores de energia para medir o consumo elétrico; a criação de redes eletrônicas de informação em saúde, que facilitam as informações entre bibliotecas e entidades do sistema de saúde; o desenvolvimento de biblioteca digital, que possibilita a cientistas do mundo todo identificação de novas espécies, mapeamento de populações, declínios de ecossistemas e a formulação de modelos futuros de mudança climática; … Estes são alguns modelos adotados ao redor do mundo, que revelam o compromisso das bibliotecas com os ODS da Agenda 2030.

A comunicação humana não sonora se propaga desde o tempo das artes rupestres em contínuos avanços tecnológicos até os dias de hoje. A arte sempre esteve presente nos processos educativos, ainda que só consideremos os livros com suas imagens (gráficos ou fotografia) – o que exemplifica a presença indispensável das várias formas de arte em nosso cotidiano. Como o ser humano é um ser em contínua formação e de grande impacto estético, a arte é um meio poderoso de sensibilização para a necessidade de modificarmos nossas ações, orientando-as para o desenvolvimento sustentável. A arte é vida, e uma vida mais alegre, intensa, prazerosa, etérea e eterna; com isso, vemos que arte e ODS caminham sempre juntos e entrelaçados.

Conhecer as iniciativas previstas dentro dos objetivos de desenvolvimento sustentável é urgente para toda a sociedade. O Olhar com atitude e ações para a erradicação da pobreza, igualdade de gênero, fome zero, redução das desigualdades é uma responsabilidade da geração atual e um compromisso com o futuro.

Vivemos um momento em que, infelizmente, as desigualdades ainda estão presentes na sociedade. As ações da Agenda 2030 foram pensadas para que essas diferenças sejam diminuídas. A igualdade de gênero, contemplada no ODS 5, é um desses exemplos. Aqui no ICC, temos promovido ações para valorizar o papel da mulher na ciência e tentar diminuir essas diferenças que ainda são notáveis no meio acadêmico.

É fascinante como o ser humano cria catástrofes e, também, maravilhas. É de sua natureza o processo criativo, e o objeto de sua criação está relacionado com o seu mundo interno e os pensamentos, as crenças e as emoções que o movem. Daí a importância de uma ideia que seja elegante, verdadeira e com potencial para a vida, ao mesmo tempo. Os ODS conseguiram ser tudo isso, não à toa foram abraçados por 193 países ao mesmo tempo. São fonte de inspiração que encantam, porque nos falam de um mundo melhor- sonho maior de qualquer ser humano. Quem não os conhece, deve conhecê-los, porque só se defende aquilo que se conhece. Quem os conhece, deve dá-los a conhecer a outros, porque, neste caso, dividir é somar.

Um pouco de atenção ao nosso dia-a-dia já nos ajuda a ter ideia de como contribuir com os ODS. Pequenas ações, todos os dias, podem ser feitas de uma forma mais sustentável, mas para que a gente fique ligado nessas possibilidades é necessário que antes a gente conheça o que são os ODS, ou por que é tão importante se engajar na Agenda 2030. É exatamente essa contribuição para esse ‘acordar’ para diferentes possibilidades que a gente quer dar, e a gente acredita que com uma comunicação de qualidade, que leva as informações de uma forma mais direta e impactante, tem esse efeito de capturar a atenção das pessoas e fazer com que elas parem por um momento, pensem e decidam fazer algo que sempre fizeram de uma forma um pouco diferente.

O lema da Agenda 2030 – Não deixar ninguém para trás – é uma inspiração muito poderosa. Pode ser entendido como um sonho, que está no plano dos devaneios mais nobres, ou como um gigantesco desafio, que requer um esforço enorme do qual pessoa nenhuma pode se eximir para que se consiga vencê-lo. No ICC, temos por característica o passo seguinte à proposição. O nosso instituto arregaça as mangas para avançar quando tem claro um norte traçado. Por isso a importância de disseminar essa pauta. A ideia trazida pelos ODS é tão bela quanto necessária, e demanda que em cada indivíduo se desencadeie um processo evolutivo para seu cumprimento. Então, ainda que fosse só por isso, já terá valido a pena incorporar a Agenda 2030 em nossa vida pessoal e institucional.

A qualidade de vida da humanidade está relacionada com a busca do bem-estar de todo o planeta, incluindo a existência dos recursos naturais, a diversidade e a longevidade dos seres vivos. O ICC está se engajando nessa pauta, percebendo ações internas em curso que colaboram com os ODS, e pensando em futuras ações que possamos implementar em alinhamento à Agenda 2030.

Pesquisa e ODS são ações indissociáveis. São claras as conexões entre as missões de Fiocruz e ICC na área de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico com vários dos ODS, prioritariamente Erradicação da Pobreza, Saúde e Bem-Estar, Trabalho Decente e Crescimento Econômico, Indústria, Inovação e Infraestrutura, Redução das Desigualdades, Consumo e Produção Responsáveis e Ação Contra a Mudança Global do Clima. Nesse sentido, vários dos projetos de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico do ICC buscam gerar conhecimento aplicável a controle e prevenção de doenças de populações negligenciadas e emergências sanitárias, bem como ao combate de patógenos cuja emergência decorre de alterações climáticas. Visando expandir nossa capacidade de inovação e, em consequência, crescimento econômico sustentável, temos investido em projetos estruturantes que buscam soluções para o diagnóstico e tratamento de doenças infecciosas e agravos genéticos raros. Essas ações se associam à busca ativa por parceiros que possam ampliar nossa capacidade de atender ao Sistema Único de Saúde em prol da população brasileira.