Fiocruz promove em Campo Grande seminário sobre chikungunya
06/04/2015

Pesquisadora do ICC, Cláudia Nunes Duarte dos Santos, é conferencista convidada e falará sobre “Diagnóstico laboratorial das infecções por Chikungunya” no evento, que acontece nos dias 09 e 10 de abril

O escritório da Fiocruz no Mato Grosso do Sul promoverá, entre os dias 9 e 10 de abril, o 1° Seminário Centro-Oeste de Chikungunya: novo Desafio para a Saúde Pública nas Américas. O evento, que acontece na Universidade Anhanguera-Uniderp em Campo Grande, vai reunir profissionais do SUS, representantes de instituições que integram a rede pública e privada de saúde, estudantes de graduação e pós-graduação, docentes e pesquisadores de diversas regiões do Brasil. A pesquisadora do Laboratório de Virologia Molecular do Instituto Carlos Chagas (ICC/ Fiocruz Paraná), Cláudia Nunes Duarte dos Santos, é uma das conferencistas convidadas e falará no dia 10, às 8h, sobre o tema Diagnóstico laboratorial das infecções por Chikungunya. Ainda serão debatidos tópicos que incluem ações de manejo clínico; ações de controle; ações de vigilância; e ações para o controle e manejo da dengue.

Embora, até o momento, a quase totalidade dos casos esteja restrita ao Amapá e à Bahia (com apenas um caso confirmado no Mato Grosso do Sul e 59 casos suspeitos até dezembro de 2014), o coordenador do evento, o coordenador do escritório da Fiocruz no estado, Rivaldo Venâncio da Cunha, afirma que “é preciso organizar a rede de atenção aos casos suspeitos de forma diferente do que sempre foi feito em relação à dengue”. Segundo Cunha, “ao contrário do que ocorre durante as epidemias de dengue, a nova doença apresenta razoável possibilidade de se tornar crônica, ou seja, um percentual de doentes continuará a exigir cuidados por períodos prolongados”.


O Instituto Carlos Chagas será representado no evento pela virologista Cláudia Nunes Duarte dos Santos.

Ao longo das duas últimas décadas, os profissionais de saúde de Mato Grosso do Sul adquiriram grande experiência no manejo clínico da dengue. Essa experiência acumulada sinaliza que há, no estado, competência profissional para lidar com a nova realidade, diferenciando dengue de chikungunya e recomendando a conduta adequada para cada caso. As principais instituições de ensino e pesquisa de Mato Grosso do Sul apoiam o seminário, entre elas a FUNDECT, UFMS, Pro-Pet Saúde e Anhanguera-Uniderp. Confirmaram apoio ao evento instituições como Ministério da Saúde, Secretaria de Saúde de Campo Grande, Secretaria de Saúde do Mato Grosso do Sul e UCDB.

A doença

Os primeiros registros de uma doença clinicamente parecida com chikungunya (CHIKV) foram relatados no início de 1770, embora o seu agente causador somente tenha sido isolado durante uma epidemia registrada na Tanzânia, entre 1952-1953. Desde sua comprovação etiológica até o presente momento, milhões de pessoas foram infectadas em diferentes áreas mundiais.
A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), a partir de 2009, vem alertando às autoridades sanitárias sobre o risco de introdução do vírus CHIKV nas Américas. A grande preocupação brasileira e de Mato Grosso do Sul é o fato de que o mosquito Aedes aegypti também pode transmitir esse vírus.
Mais informações e a íntegra da programação estão disponíveis em www.seminariochikungunya.com.br

Com informações da Coordenadoria de Comunicação Social (CCS/Fiocruz)

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