As origens do LaCTAS remontam ao final da década de 1980 quando pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz (IOC) – Fiocruz, RJ – iniciaram uma interação pioneira com o Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos) em busca de avaliar antígenos recombinantes para utilização em imunodiagnóstico, sendo resultado deste processo o registro na Anvisa do KIT CRA & FRA para o diagnóstico da doença de Chagas. Esta intercâmbio entre grupos de pesquisa básica, utilizando tecnologia de ponta, com as equipes responsáveis pelo desenvolvimento tecnológico e produção, resultou não apenas no referido produto, mas também em inúmeros artigos científicos e teses de pós graduação. Além disto, permitiu o contato entre unidades responsáveis por diferentes etapas da cadeia de inovação, propiciando a formação de uma equipe com conhecimentos complementares cobrindo desde as tecnologias de ponta da engenharia genética até os conceitos de Boas Práticas de Laboratório, Boas Práticas de Fabricação e por fim da elaboração de estratégias de produção, validação e documentação necessárias para registro de um produto para saúde. Já no Paraná, o pesquisador fundador do laboratório, Dr. Marco A. Krieger, liderou o movimento de idealização, implementação e operação da primeira Planta de Desenvolvimento e Produção de Insumos para Diagnósticos In Vitro aplicado à saúde humana do Brasil.
O desafio foi lançado para atender a demanda do Ministério da Saúde para o desenvolvimento e produção de um teste molecular para detecção de HIV, HBV e HCV em bolsas de sangue doadas no Brasil, a fim de garantir maior segurança nos procedimentos de transfusão de sangue no país. Esse teste foi batizado como “NAT Brasileiro”.
A iniciativa culminou com o estabelecimento do Instituto de Biologia Molecular do Paraná (IBMP), um consórcio formado entre Fiocruz e o Governo do Estado do Paraná, para operar uma planta certificada pela ANVISA para produção e fornecimento do módulo de amplificação do NAT Brasileiro no final de 2010. Desde então, o LaCTAS vêm atuando principalmente no desenvolvimento de pesquisas em função das necessidades do SUS, alinhadas com programas estratégicos da Fiocruz e do Ministério da Saúde, em estreita interação com o IBMP para que os resultados das pesquisas e investimentos possam ser validados e transformados em produtos entregues à sociedade.