Estudo sobre mecanismos de fisiologia e patogênese de infecções fúngicas

As infecções fúngicas são doenças negligenciadas no mundo. De acordo com dados apresentados pelo Fundo Global de Ações contra Infecções Fúngicas (GAFFI, da denominação em inglês Global Action Fund for Fungal Infections), mais de 300 milhões de pessoas de todas as idades sofrem de alguma infecção fúngica grave a cada ano no globo. É estimado que, nesse grupo, mais de 1,35 milhões de pessoas morrerão. Atualmente, 3.8 milhões de indivíduos no Brasil podem sofrer de alguma infecção fúngica com gravidade elevada. Cryptococcus neoformans é o fungo de maior mortalidade para humanos. No Brasil, o C. neoformans é o principal causador de morte em pacientes imunodeprimidos acometidos por micoses sistêmicas. No globo, a meningite causada por C. neoformans mata mais de 200 mil humanos por ano. Nesse cenário de alta complexidade, são duas as frentes principais investigadas pelo grupo. Na área de pesquisa básica, o grupo busca entender os mecanismos de exportação de moléculas envolvidas na fisiologia e na patogênese de fungos, através do estudo de vesículas extracelulares. Na área aplicada, o grupo busca identificar novas alternativas para controle de doenças fúngicas, principalmente através do estudo de reposicionamento de fármacos.