Fiocruz Paraná comemora Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência com programação especial

Um evento especial do Instituto Carlos Chagas (ICC/ Fiocruz Paraná) comemorou, em 10 de março, o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência. Instituído pela ONU em 2015, o 11 de fevereiro que celebra essa efeméride vem sendo reforçado pela Fiocruz, que criou o Programa Mulheres e Meninas na Ciência (PMMC) para reconhecer a importância das cientistas e para estimular as meninas na carreira científica. A programação contou com a fala de mulheres ativistas na saúde, que impulsionam o desenvolvimento da ciência, como Linda Franco, fundadora da Família ALD Brasil, e Rosimere Benítes, fundadora da Aampara; e as pesquisadoras da Fiocruz Paraná, Patrícia Shigunov e Tatiana Brasil.
Desde 2019, a Fiocruz, além de criar o PMMC, vem realizando ações potentes na sua sede, no Rio de Janeiro, e nas 10 unidades regionais distribuídas em todas as regiões do Brasil para lembrar a data. “A Fiocruz Paraná se soma aos esforços e hoje realizamos essa celebração importante, que também exalta o Dia Internacional da Mulher, comemorado dia 08 de março. Trouxemos para esse evento convidadas que representam a potência da mulher na sociedade civil, cujas atuações contribuem com o avanço da ciência”, explicou a vice-diretora de Ensino, Informação e Comunicação e coordenadora de Extensão e Divulgação Científica da Fiocruz Paraná, Maria das Graças Rojas Soto.
Em sua fala de boas-vindas, o diretor da Fiocruz Paraná, Stenio Fragoso, destacou as conquistas na busca de equidade de gênero. “Há muito para comemorar, mas também há muito para se pensar e refletir. Nosso instituto é um exemplo da importância das mulheres na ciência, já que por aqui, elas são a maioria. Esse é um momento em que podemos reforçar essa visão de mundo, esse olhar. A direção está comprometida com esse movimento”, disparou.
Fundadora Família ALD Brasil – organização que apoia e acolhe famílias afetadas pela adrenoleucodistrofia (ALD), Linda Franco, emocionou os presentes ao relatar sua trajetória como mobilizadora social, iniciada a partir da experiência com a doença que vitimou seu filho. “A ALD tem tratamento se for diagnosticada antes de causar a lesão cerebral. Nossa luta hoje é para que a doença seja identificada a tempo”, avaliou Linda, que já atua há 15 anos no movimento e gerencia um grupo de cerca de 150 mães de todo o Brasil.
Outra convidada foi Rosimere Benítes, que fundou a Associação de Atendimento e Apoio ao Autista (Aampara), em 2002, com o objetivo de conscientizar sobre o autismo, visando uma maior visibilidade das dificuldades enfrentadas pelos autistas e seus familiares. “Já são 20 anos de caminhada. Hoje já registramos mais de 2 mil crianças e adolescentes atendidos e 10 mil terapias realizadas”, ressaltou.
As falas inspiradoras foram seguidas pela participação das pesquisadoras da Fiocruz Paraná, Patricia Shigunov e Tatiana Brasil no evento. As cientistas falaram sobre a importância, para a saúde pública, das pesquisas científicas que desenvolvem, sobre o orgulho que sentem, e os principais desafios da carreira, especialmente por serem mulheres.
Lançamento do Projeto STEM na Saúde no Paraná
O encontro ainda lançou o “Projeto STEM na Saúde” – que contribui para a formação de futuras cientistas e promove a equidade de gênero e raça na C&T – na unidade, liderado no Paraná pela vice-diretora de Ensino, Informação e Comunicação e coordenadora de Extensão e Divulgação Científica da Fiocruz Paraná, Maria das Graças Rojas Soto. A iniciativa é da Vice-presidência de Ensino, Informação e Comunicação da Fiocruz, fruto de uma mobilização maior do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, que apoia ações de formação em áreas de STEM (Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática).
Na Fiocruz Paraná, o projeto contará com a participação de pesquisadoras do instituto, do Tecpar e do IBMP como mentoras, de uma discente do Programa de Pós-graduação em Biociências e Biotecnologia do ICC como tutora, e de uma aluna de Iniciação Científica, egressa do Programa Cientista Madrinha como mediadora. As jovens participantes são estudantes da Escola Estadual Arlindo Carvalho de Amorim, localizada no bairro Cidade Industrial de Curitiba. Todas foram apresentadas durante o evento.
Na parte da tarde, o Dia Internacional da Mulher foi lembrado com uma confraternização organizada por Maria Cristina Barreto, secretária executiva do instituto, em um ambiente descontraído de troca e festividade.
Fotos: Coordenação de Divulgação Científica/ Fiocruz Paraná